sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Um contributo


Opinião

O PSD nunca foi poder na Câmara Municipal de Portimão, desde que há eleições livres em Portugal. Este é um ponto assente, são cerca de 34 anos de PS no poder, com os vícios, manobras e domínio do aparelho mediático conhecidos. Cai-se, contudo, no erro de pensar que o PS nunca perdeu as eleições autárquicas, a verdade é que o PSD é que nunca as ganhou. E aqui pode começar a mudança, fazendo com que as baterias se destinem a uma vitória de ideias, projectos e valores. Nunca se pode esperar pela derrota dos outros.

E há momentos em que é possível dizer que se joga o tudo ou nada para que a possibilidade de vitória se efective. Este é um deles. O PSD/Portimão passa por um período crucial para definir duas coisas: primeiro, se quer ganhar daqui a um ano; segundo, que projecto quer para Portimão nos outros quatro.

Como já defendi em várias situações, volto a frisar que o PSD tem um grande candidato para a Câmara: homem de valor pessoal e profissionalmente; conhecido na cidade; com vontade de trabalhar e conhecimento da realidade mais sombria do concelho. Foi dado um grande passo em frente com a escolha do Dr. José Dias, mas não podemos cair no erro de achar que é o suficiente.

Para além do candidato, o PSD começará - não duvido - a apostar no debate de ideias com gente de vários quadrantes, no contacto directo com as pessoas e a construir uma alternativa, um programa forte e vencedor. É, também, muito importante não esquecer as pessoas do PSD que têm trabalhado ao longo dos últimos anos por Portimão, que têm experiência, visão e um carinho enorme pela cidade.

E é neste último ponto que algo de muito negativo aconteceu: a não recandidatura do Sr. Mário de Freitas à Junta de Freguesia de Alvor. É alguém que anda há anos nesta luta, que mesmo com muita dificuldade foi fazendo a mudança necessária em muitas situações. Qualquer pessoa reconhece a dedicação e o seu grande trabalho, mas mais que isso é alguém que faz a política como ela é: com princípios.

E é triste saber que não se recandidata pela falta de condições referidas. Um partido que quer tratar bem dos outros, tem de tratar bem dos seus. O Sr. Mário de Freitas é, sem sombra de dúvida, o melhor autarca da cidade e tinha o que ninguém tem para ganhar as eleições em Alvor.

Por isto mesmo, deve haver uma reflexão conjunta para apurar tudo o que se passou ao longo deste processo. É, como já disse, a altura certa para pensar e não repetir os mesmos erros. Não se pode desperdiçar gente deste calibre porque somos uns quantos, mas destes somos muito poucos.

Este conselho de cautela, reflexão, ponderação e estima pelos nossos é um contibuto que dou ao PSD, não uma crítica qualquer. Porque quem perdeu mais não foi o PSD, foi Alvor. E em tudo isto, quem tem mais a perder também não é o PSD, é Portimão.

3 comentários:

Anônimo disse...

O Sr. Mário de Freitas é um Homem que encara a política de uma maneira apaixonada. Durante anos travou batalhas, não só por Alvor mas pela Cidade de Portimão. Quem conhece o Sr. Mário de Freitas sabe bem que é uma pessoa dedicada (vide por exemplo o trabalho junto da associação de dadores de sangue). É uma grande perda para o Partido em Portimão. Concordo também com o Pedro quando diz que há necessidade do partido reflectir para que se apure as condições que levaram o Sr. Mário de Freitas a tomar esta decisão.
Se há pessoa que dedicou a sua vida a causas esse homem é o Sr. Mário de Freitas. Através de inúmeras conversas que tivemos sente-se que o Sr. Freitas vive a política e o partido de forma intensa e apaixonada.

É sem grande dúvida que afirmo que no meio desta situação apenas um lado teve perdas e infelizmente foi o PSD ao deixar com que o melhor autarca (inclusivé da oposição) e o melhor político da cidade se sentisse desapoiado.

Toda a gente sabe que será sempre muito difícil o PSD vencer em Alvor e sem o Sr. Mário de Freitas a tarefa torna-se dificílima.

Espero que o partido não esteja apenas a envidar esforços para que se vença em Portimão , descurando-se as freguesias. Pois corremos o sério risco de, findas as contas, virmos com uma mão à frente e outra atrás.

Tchim! Tchim! Á nossa! Saúde!

Anônimo disse...

Falta-te é dizer o que esse senhor fez á anterior comissão politica.

Anônimo disse...

Se me falta dizer isso, é por desconhecimento, mas já que sabe poderia fazê-lo