sexta-feira, 25 de abril de 2008

Jovens afastados da vida política

O 25 de Abril trouxe valores, como a liberdade e a democracia, para uma geração que tentou mudar Portugal, mas que teve vários obstáculos pelo caminho, tendo tropeçado nalguns deles. Este é um facto. Ao mesmo tempo que devemos agradecer a todos aqueles que permitiram esta realidade democrática, devemos, também, questionar algumas das políticas seguidas e os seus resultados. Era mesmo este o resultado que se pretendia com a Revolução dos Cravos?

É por muitos jovens não saberem a resposta a esta questão, que também não percebem, por vezes, a verdadeira pretensão de 25 de Abril. Ou seja, os jovens nascidos depois de 1974 nunca viveram sem liberdade e nem sequer põem em causa o fim desta. Põem em causa, apenas, a qualidade da política actual e dos políticos.

Como em tudo na vida, há políticos bons e políticos maus. Por isso, este não é um ataque à classe política, é um ataque ao desperdício de oportunidades, ao tempo perdido e ao afastamento que a política fez da população, não o contrário. Um bom exemplo deste afastamento é o que se passou com o Tratado de Lisboa. Era para ser referendado, não o foi. Depois, era para ser alvo de um debate alargado a nível nacional, onde está?

É aqui que entra o papel das juventudes partidárias. Por muito descredibilizados que os políticos estejam, a política não o pode estar. As juventudes partidárias servem para fazer e discutir política, chegar perto das populações mais novas e ajudá-las na sua formação político-ideológica e mostrar-lhes que todos somos cidadãos políticos.


Posto isto, o alerta lançado pelo Presidente da República é importante porque, para além do mais, é baseado num estudo encomendado para o caso, e representa a situação da juventude portuguesa. Mas esta é uma situação que tem a culpa de todos, não só dos jovens. Portanto, e como já foi prometido, aguarda-se o contributo do Presidente da República para ajudar a melhorar esta situação.

Por acreditar que é possível melhorá-la, é que faço parte da Juventude Social Democrata e acredito na juventude portuguesa. Esta juventude sabe mais que as juventudes passadas, tem acesso a muito mais que outros no passado. Por isto tudo, estamos cá para trazer esta juventude para a rua e mostrar aquilo que vale. Convém não esquecer é que para sair de casa, não nos podem trancar a porta.

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