segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Programa de troca de seringas nas prisões

Arranca este mês o programa de troca de seringas nos estabelecimentos prisionais portugueses. Este é um tema que lança alguma polémica e que, na minha opinião, merece uma atenção especial de todos.

É um facto que através da partilha de seringas por parte dos toxicodepedentes, aumenta-se o risco de propagação de doenças e a Saúde Pública é posta em causa.

Contudo, será normal que alguém detido pelo uso de estupefacientes, goze do privilégio de ter meios para continuar a fazê-lo dentro do estabelecimento que, supostamente, o estaria a castigar?

É necessário parar para pensar. Um país que se preze não pode permitir que situações deste calibre aconteçam, o combate à toxicodependência tem de ser firme e não pode ser abalado por atitudes como esta.

Tudo isto lança uma questão fulcral: a prisão não deveria servir como cura para a a toxicodependência? Pelos vistos, não. Já agora, não é mais fácil para alguém deixar de fazer algo, quando deixa de ter meios para o fazer? E ainda: a partilha de seringas destina-se a evitar doenças, mas um toxicodependente não é já doente por isto mesmo? Qual a doença que merece mais atenção?

Acompanhando todo este processo, vemos também o fim do programa “Porto Feliz” e, ainda, toda a polémica que surge em torno do Instituto da Droga e da Toxicodepêndecia.

Neste país, as prioridades invertem-se, mas as tragédias mantêm-se firmes. É de lamentar que se diga para “se drogarem em condições”, ao invés de se dizer para “viverem em condições”.

Para mim, o combate à droga passa também pelo combate às seringas.

Pedro Roma



2 comentários:

Anônimo disse...

O q é que isto tem a ver com a politica local??????

Pedro Roma disse...

Quem disse que este blog era exclusivamente sobre política local?

Este é um blog de discussão, aberto a todos os temas e opiniões. Por isso mesmo, este tema foi aqui abordado, assim como muitos outros o seguirão.

P.S. Post "Comentários anónimos" de 1 de Outubro. Obrigado.